Como montar um restaurante
Confira os principais pontos para investir no setor de restaurante
Por Michelly Lelis | 26 de Maio 2020
Como qualquer outro empreendimento, abrir um restaurante é preciso ter um grande planejamento para garantir o êxito. Entrar no setor de bares e restaurantes precisa estar preparado para lidar com a concorrência, problemas inusitados e ainda analisar o mercado e suas tendências que estão em constante mudança. É um investimento alto que, se houver falhas, pode trazer prejuízos e falir o negócio em pouco tempo. Confira agora como montar um restaurante:
Planejamento
Conhecido como planejamento ou plano de negócios, é uma estrutura primordial para dar início ao negócio. É importante que o negócio forneça uma gama variada de produtos e proporcionar preço justo aos clientes, além de todos os esforço e dedicação do empreendedor. Portanto, conferir pontos como a localização e público-alvo são importantes. Estar atento ao fluxo de pessoas no local, seja próximo as universidades ou centros comerciais, possui maiores chances de conquistar o público.
Definir o tipo de restaurante é uma escolha do empreendedor e, diante dos objetivos, fornecer o que há de melhor. Estudar a concorrência também é essencial. Fazer uma pesquisa geral na cidade e ver com quem está competindo, quais os preços e serviços oferecidos, localização do atendimento, entre outros pontos. Com as informações, pode buscar ser o diferencial no mercado, inovar e chamar a atenção dos clientes.
Fazer um estudo de viabilidade é muito importante para que o negócio que, mal começou, não vá por água abaixo. É necessário analisar a quantia que pode investir e não extrapolar a condição. Após o cálculo do valor que pode ser aplicado no restaurante, procure calcular detalhadamente cada gasto e as expectativas de lucro e em quanto tempo será recuperado o valor aplicado.
Legislação e documentação
As partes burocráticas devem ser feitas assim que estiver tudo preparado. Com a realização de registros nos órgãos responsáveis, o negócio poderá agir dentro da lei, garantindo que o empresário não possua multas ou sanções. Portanto, é preciso fazer registros nos órgãos:
• Secretária da Receita Federal, para obter CNPJ;
• Entidade Sindical Patronal;
• Caixa Econômica Federal para cadastramento da Conectividade Social – INSS e FGTS
• Secretaria Estadual de Fazenda;
• Corpo de Bombeiros Militar, para realizar vistoria no negócio;
• Fiscalização da Vigilância Sanitária.
Além dos registros nos órgãos públicos, também é necessário arcar com impostos ao decorrer do negócio, como:
• IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica);
• ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços);
• PIS (Programação de Integração Social);
• CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido);
• COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social);
• INSS (contribuição para o Instituo Nacional do Seguro Social).
Caso o negócio trata-se de uma Microempresa (ME) ou uma Empresas de Pequeno Porte (EPP), poderá ser feito de maneira Simples Nacional. O Simples é um regime de tributação que permite o pagamento facilitado de impostos. Já o ME pode ter faturamento anual de, no máximo, R$360 mil. Já o EPP não pode ultrapassar o ganho de R$3.6 milhões por ano.
Tipo de restaurante
Além de preparar todo o plano de negócio e legislação, é preciso que o empresário também tenha atenção ao tipo de restaurante que está sendo feito o investimento. O self service, por exemplo, é um dos destaques, um modelo de atendimento em constante aprimoramento, proporciona praticidade e facilita na escolha de refeição. Apesar que o peso por quilo é especificado nos anúncios, o consumidor também é atraído por saber do quanto irá gastar e que não irá perder tempo com filas extensas. Oferecer um pacote, com a bebida incluída, é um diferencial, além do um cardápio sortido e uma ambientação confortável.
Já os restaurantes tradicionais ou à la carte, pode trabalhar ou não com reserva. Neste atendimento, o garçom possui um importante função, já que é funcionário que irá servir o cliente. Para montar esse tipo de restaurante é necessário maior dedicação e sofisticação, além da originalidade, desde a maneira como os funcionários se vestem às cores dos pratos. Lembre-se de que, quando mais sofisticado o ambiente, maior o grau de exigência.
Os restaurantes típicos são aqueles que oferecem comidas próprias de um determinado país. É um investimento considerado arriscado, por diversos fatores. Um deles, é porque o local precisa ser bem mais estudado do que a dos outros tipos até então citados. Dentro as comidas mais consumidas, se destacam a francesa, italiana e a japonesa. Outra opção é a investir na culinária regional, como a baiana e a mineira. Há outros tipos de restaurante, como o delivery, fast-food e rodízio. São negócios que também são uma boa escolha e são procurados pelo público.
Equipe e estrutura
Definir a estrutura e equipe para o negócio é outra etapa importante. Ter um time de funcionários bem alinhada, faz total diferença no atendimento e, logo, o cliente se sente satisfeito e aumenta as chances de que ele retorne ao espaço. Além disso, é também necessário a pesquisa de fornecedores. Aqueles escolhidos são os maiores parceiros. O cuidado com a alimentação começa na origem de cada produto, portanto, é importante realizar uma boa seleção de fornecedores também.
Ambiente também faz parte de toda a estrutura. Arquitetura, design, cores, decoração, espaço, número de lugares devem estar de acordo um com o outro, além estar correspondendo ao público-alvo. O clima faz a diferença e os clientes podem permanecer ainda mais no local e recomendá-lo. Pense no tamanho do local e a disposição que as mesas devem ficar para que tenha boa circulação.
Equipamentos
A seleção de equipamentos é essencial. É preciso levar em consideração que a apreciação do restaurante é tão importante quanto a comida vendida. Por isso, é fundamental investir em itens de boa qualidade, que evitem problemas e gastos desnecessários com manutenção, trocas e reparos. Alguns itens básicos de equipamentos são:
• Fogão industrial;
• Freezer e geladeira;
• Bancada em inox;
• Utensílios de cozinha em inox;
• Mobiliário e utensílios para o salão;
• Equipamentos para administração.
Tendências
Como já dito anteriormente, fique atento em relação as tendências gastronômicas, principalmente ao iniciar o negócio. Nos últimos anos, por exemplo, há tendência de servir pratos especiais para pessoas com restrições alimentares ou veganos. É claro, realize uma pesquisa para saber se existe público para manter o negócio, mas se houver e a concorrência for pequena, pode ser um bom investimento.
Promova o restaurante
Quando o negócio já estiver com suas atividades, uma boa apresentação, é essencial promover o estabelecimento. Assim, os clientes podem se interessar em visitar o local e tornar freguês, por exemplo. Redes sociais são importantes: com uma página no Facebook e Instagram em ação, com bom engajamento, é possível conquistar o público. Aposte nas atualizações diárias, promova sorteios, fotos de pratos etc.
Gestão e gerenciamento
Aplicar um sistema de gestão pode agilizar diversos processo e fluxos de trabalho. É possível controlar o estoque de maneira confiável, conferir relatórios de venda por período, cadastrar clientes, produtos, ofertas, entre outros pontos. Sendo um restaurante grande ou pequeno, o sistema de gestão traz diversos benefícios.