Dia Nacional das Mudanças Climáticas: indústria da cerveja avança para garantir 100% de energia renovável
Dia Nacional das Mudanças Climáticas: indústria da cerveja avança para
Por Pedro Diniz | 13 de Março 2023
O Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas é celebrado nesta quinta-feira (16). A data sensibiliza a sociedade sobre a importância de adotar práticas mais sustentáveis, compromisso que a indústria da cerveja reforça ao longo de sua história, em toda cadeia produtiva.
O setor avança na implementação de iniciativas voltadas à preservação dos recursos naturais e transição para energia renovável. O principal objetivo é garantir que até 2023 toda produção seja abastecida com energia limpa, reduzindo a zero a emissão de carbono relativas à energia comprada.
Para alcançar a economia de baixo carbono, as associadas ao Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – SINDICERV, já adotam o uso de tecnologias limpas, como a geração de energia fotovoltaica e eólica e processos produtivos mais eficientes, implementados na produção, distribuição e engajamento da cadeia de valor da cerveja por redução das emissões.
“O Brasil é um país rico em recursos renováveis para produção de energia e tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e as associadas do SINDICERV têm aproveitado esse grande potencial para promover inúmeras inciativas em busca de fontes que resultem em um menor impacto para o meio ambiente”, destaca o Presidente Executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja - Sindicerv, Márcio Maciel.
Para tanto, a Ambev e GRUPO HEINEKEN vêm atuando, principalmente, com o foco voltado para quatro frentes: geração de energia, produção, distribuição e fomento aos consumidores e varejo.
Geração de energia
Na geração de energia, quatro cervejarias da entidade já são 100% abastecidas com energia renovável e, até 2023, o objetivo é que toda produção seja abastecida com energia limpa, reduzindo a zero a emissão de carbono em todo o processo.
Para isso, o setor tem trabalhado na diversificação de energia elétrica por solar, eólica e térmica e na substituição de combustíveis fósseis, como gás natural e óleo BPF, e de energia elétrica não renovável, por eletricidade de fontes renováveis, como biomassa, óleo vegetal e biogás.
Na geração de energia eólica, a indústria cervejeira já tem operações, como por exemplo, o funcionamento de um parque no Ceará, com 14 turbinas e a construção de outro em uma área de 1.600 hectares, na Bahia. Juntos devem atingir 202 mil MWh por ano para produção e fornecimento de energia. Apenas com essas iniciativas haverá uma redução de 32 mil toneladas na emissão de CO2 por ano, proporcional a retirada de mais de 50 mil veículos de circulação das ruas do país.
Além da produção
Já na distribuição, o intuito é aumentar a frota de caminhões elétricos, dos atuais 220 para 2600 até 2025, como uma alternativa para otimização do consumo de combustível e redução da emissão de carbono. Os veículos serão abastecidos por energia renovável gerada por suas indústrias ou através da compra de energia renovável certificada.
Outra medida adotada é a conversão de caminhões a diesel para veículos elétricos, bem como a de empilhadeiras nos centros de distribuição, que deverá ter sua frota abastecida por energia renovável até 2025.
Consumidores e varejo
Para consumidores e varejo, a indústria investe na conscientização, incentiva e facilita o uso da tecnologia – medida que pode reduzir em, no mínimo, 10% os custos com energia. Além disso, o setor cervejeiro é parceiro de plataformas que conectam pequenos e médios pontos de venda a geração de energia limpa.
Nos pontos de vendas, 100% dos refrigeradores já seguem os padrões globais de eficiência, o que trouxe uma redução de 50% no consumo de energia e emissão de carbono, na ponta.
“Essas e tantas outras ações que estão em desenvolvimento e implantação irão contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa com o objetivo de atingir a meta de neutralidade em toda nossa cadeia de valor até 2040”, finaliza o executivo.