BaresSP Por Aí - 1ª Comitiva Adelaide
O Bar da Adelaide tem unidade na capital e na cidade de Jaú
Por Janaina Maximo | 12 de Setembro 2024
Como assim um bar de São Paulo levou seus clientes para botecar pelo interior de São Paulo? Simples, o Bar da Adelaide tem unidade na capital e no interior, na cidade de Jaú. O cardápio de São Paulo é recheado de sabores e sabedoria do interior, então, nada mais justo que nos levassem para onde tudo começou.
Para formar a primeira turma, uniram alguns clientes fiéis, dois representantes da mídia, os donos e suas amadas, uma equipe acelerada para captação de imagens e um motorista para lá de paciente.
O ponto de partida, claro, foi no Adelaide de São Paulo, numa sexta-feira, materializando o “sextou” com tudo que amamos: cerveja divina, sour de mexerica da cidade de Dois Córregos, espetinhos, diversos petiscos e braços abertos de todos e todas. Nem todo mundo se conhecia, mas todos se cumprimentavam e se apresentavam. Até que alguém disse: “Parece uma turma de jovens de 19 anos indo viajar”, detalhe: no grupo, a faixa etária foi de 35 a 65 anos.
Partimos para a estrada, e a primeira parada já foi impactante: no entorno de Campinas, no bairro Distrito de Sousas, fomos apresentados ao Bar Central, literalmente um lugar histórico. Inaugurado em 1949 e passando por uma reforma em 1975, desde então tudo está igual: piso, balcão, geladeiras, expositores. No cardápio, salgados (empadas, pastéis, coxinhas, etc.), lanches muito bem servidos, cervejas (aqui vimos a modernidade das marcas mais recentes), doses e o típico cafezinho coado no coador de pano. Melhor parte? Os preços são bem acolhedores.
A segunda parada foi dentro de Campinas, no Bar do Carioca. Nas paredes, pontos turísticos do Rio de Janeiro; muitas mesas, todas cheias devido ao calor da sexta-feira. O cardápio trazia várias opções, entre petiscos, pratos, drinks e sobremesas. O bar ainda tem alguns petiscos premiados pelo Comida Di Buteco, como o Maravilha do Mar (dois camarões com requeijão cremoso empanado em farofa de Doritos) ou o Ovo de Porca (bolovo de carne de linguiça). Além da cerveja estupidamente gelada, experimentamos algumas caipirinhas da casa, como a de Banana e a de Caju com Rapadura. Para fechar com chave de ouro, rendi-me ao tradicional Pastel do Carioca, recheado de chocolate e morango.
Ainda era sexta-feira, e tínhamos horas no dia. Então, partimos para a terceira parada, na cidade de Piracicaba. Fomos conhecer o Bar Maravilhoso, numa esquina charmosa, com diversos outros bares na mesma rua, todos diminutos, com poucas mesas. À primeira vista, pensei que não teríamos mesa, mas ao descer da van, demos de cara com uma calçada do outro lado da rua cheia de mesas. A maioria estava ocupada, mas a nossa estava reservada, ao lado de uma torre para carregar celular.
O cardápio era bem variado, tanto nos comes quanto nos bebes. Logo começou um festival de petiscos: coxinha da Vó Olga, croquetes de vários tipos, tira de peixe empanado, e em meio a tantas frituras, surgiu um carpaccio. No interior, tudo é muito bem servido. Para beber, muitos optaram pela tradicional “cerva” geladíssima de garrafão, mas outros preferiram caipirinhas, shots de cachaça artesanal da região, e até suco natural circulou pela mesa.
Para encerrar, fomos para o Class Hotel, tomar um bom banho e descansar. No dia seguinte, começamos com um café da manhã cheio de opções, e até sobrou tempo para tomar um pouco de sol, apreciando a piscina bem desenhada, mas com água tão gelada quanto as cervejas do dia anterior.
A essa altura, já era sábado, mala fechada e a caminho de Jaú, ou Jahu, como mostra uma placa da cidade. Fomos direto para o Galeria Hotel. Depois do check-in, tivemos algumas horas livres. As mulheres foram para o Calçadão dos Calçados, os homens para um restaurante próximo ao hotel. Eu preferi ficar na piscina descansando ao sol, refrescando-me na aquaterapia. Para almoçar, testei o IFood e, confesso, foi bem melhor do que na capital.
Jaú é a terra natal do Bar da Adelaide, e a programação da tarde contou com o 2° Samba da Primavera, promovido pelo bar. O evento foi realizado em um casarão antigo reformado, mas com a arquitetura original mantida. A rua lateral foi fechada para garantir espaço ao público, com um grupo de samba tocando na varanda, enquanto as bandejas com chope e petiscos circulavam dentro e fora do bar.
Depois do pôr do sol, o calor amenizou – caiu de 40 para 35 graus –, mas a sensação era de alívio. Conforme a noite avançava, mais gente chegou e, em minutos, a rua foi tomada por um mar de pessoas de todas as idades: jovens em turma, casais, adultos mais experientes e até quem comemorava 34 anos de matrimônio, também conhecido como Bodas de Oliveira.
Além de um rio de chope que corria entre as pessoas, havia uma variedade de caipirinhas diferenciadas, como a Minissaia e a Caipirinha de Sal, além das deliciosas Batidinhas de coco e a Dedo de moça (maracujá com pimenta dedo-de-moça).
Para comer, unanimidade: porções para todos os lados, pastéis, croquetes, Besteirinha de abobrinha, Besteirinha de carne, Esticadinho de queijo, Dadinho de tapioca. E é claro que essas delícias fazem parte do cardápio da unidade de São Paulo também.
Para os fãs de rock nacional, tivemos a surpresa de uma banda ao vivo, e a rua, tomada por gente, virou um verdadeiro festival. A galera cantou e dançou até mais de meia-noite, totalizando quase 10 horas de pura diversão. O sábado terminou, e era hora de descansar, porque a comitiva ainda tinha mais uma parada no domingo.
O domingo chegou ensolarado, mas com aquela ressaca leve para começar. Aqueles que saíram de São Paulo com energia de jovens adultos logo perceberam que, talvez, não fossem tão jovens assim. Mesmo assim, a curiosidade pelo que vinha adiante foi combustível suficiente para seguir.
Voltamos para a estrada rumo à Venda do Queixada, em Bariri. Uma típica venda de secos e molhados, numa esquina entre ruas ladeadas por plantações. Na frente, uma igreja e algumas poucas casas. Mas a grande surpresa estava atrás da venda: ao passar por uma porta lateral, encontramos um quintal com mesas entre as árvores, mais mesas numa varanda com vista para um jardim florido, e uma sala interna com ar-condicionado.
O cardápio trazia opções de entradas, petiscos, pratos e sobremesas, mas o destaque foi a qualidade dos itens para montar tábuas de frios, queijos e acepipes. As porções eram generosas, com delícias como Leitoa assada e lanche de pancetta defumada. Para beber, além das cervejas e refrigerantes gelados, a grande estrela foi a Caipirinha de Sal, algo típico da região e, sem dúvida, o ponto alto da visita.
De volta à estrada, rumamos para Pardinho. Após subir por alguns minutos, chegamos ao Deck, um bar-restaurante todo envidraçado, com uma área externa ampla e convidativa. Lá, experimentamos petiscos, como o frango empanado divino, e apreciamos o pôr do sol com uma vista incrível das formações da Cuesta.
E então, finalmente, retornamos para São Paulo, encerrando essa aventura exatamente onde ela começou, no Bar da Adelaide.
Por fim, deixo aqui meus agradecimentos aos queridos Du, Gui e Nata, proprietários do Adelaide e idealizadores dessa experiência inesquecível. Foi um prazer viver tantos momentos bons.
Se você foi, experimentou e gostou, compartilhe marcando @baressp. Seu post pode aparecer nas nossas redes.
Até a próxima visita!