Donos de bebidas pedem apoio parlamentar por justiça tributária
Executivos se reuniram com Roberto Morais na segunda-feira (3)
Por Michelly Lelis | 10 de Fevereiro 2020
Os representantes de indústria de refrigerantes do Estado de São Paulo têm buscado apoio com os parlamentares para a valorização das bebidas nacionais. Juntos, reforçam a mobilização para aumentar a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de concentrados de refrigerantes produzidos na Zona Franca de Manaus, que deve passar de 4% para 8% em junho. A previsão é que a medida dure cinco meses, até novembro, mas o governo federal ainda não divulgou nenhuma confirmação oficial. Em São Paulo, os proprietários de indústrias de bebidas regionais se reuniram em busca de apoio local, liderada pelo presidente da Afrebas (Associação dos Fabricantes de Refrigerante do Brasil).
Na primeira segunda-feira do mês de fevereiro (3), houve uma reunião com o deputado estadual Roberto Morais após uma interlocução realizada pelo vereador Azuaite Martins de França. “Tudo aqui é mais complicado. A gente precisa buscar alternativas para a pequena empresa sobreviver e ter acesso a financiamento e outros benefícios fiscais que as grandes empresas conseguem com mais facilidade”, diz o presidente da Airesp (Associação das Indústrias de Refrigerantes do Estado de São Paulo), Antônio Marcos Devito. Ainda segundo o presidente da Airesp, as pequenas empresas do setor, assim como dos demais setores da economia brasileira, são as que mais recolhem impostos do Brasil se comparadas com as grandes corporações de bebidas, como Coca-Cola, Ambev e Heineken.
O diretor da Bellpar Refrescos, Murilo Parise, que também esteve presente na reunião, lamenta os reflexos da concorrência desleal no mercado de bebidas. “Sofremos muito com a concorrência desleal que vem ocorrendo no mercado, em todo estado de São Paulo, municípios e varejos”, assevera o executivo. Ele diz que as dificuldades enfrentadas por pequenas e médias indústrias de bebidas do Brasil são resultado da disputa injusta imposta por grandes multinacionais que utilizam a Zona Franca de Manaus para fazerem manobras de renúncias fiscais. De acordo com o deputado estadual de São Paulo, Roberto Morais, a mobilização pela valorização das indústrias de bebidas regionais é legítima. “É uma luta muito importante e vamos tentar, da melhor forma possível, apoiar esse movimento das pequenas empresas de refrigerantes do Brasil”, diz.
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