13/01/2023
O espetáculo "Helena Blavatsky, a voz do silêncio" no Teatro B32
Helena Petrovna Blavatsky foi uma das figuras mais notáveis do mundo nas últimas décadas do século 19, tornando-se imprescindível para o pensamento moderno. A vida e obra desta renomada pensadora russa inspirou o monólogo "Helena Blavatsky, a voz do silêncio", que estreou virtualmente, em 2020, com elogios de artistas e formadores de opinião (veja depoimentos abaixo). Depois de algumas sessões pelo país, o espetáculo inicia sua primeira temporada em São Paulo, a partir de 13 de janeiro, no Teatro B32, novo complexo cultural da capital paulistana, localizado na Avenida Faria Lima. Estrelado por Beth Zalcman (@bethzalcman), sob a direção de Luiz Antonio Rocha (@luiz.antonio.rocha), a montagem mexe com os espectadores ao instigar uma profunda reflexão sobre a busca do homem pelo conhecimento filosófico, espiritual e místico. Este é o primeiro texto teatral da filósofa e poetisa Lucia Helena Galvão (@profluciahelenagalvao), cujas palestras na internet são acompanhadas por milhões de admiradores. Após cada sessão, haverá um bate-papo com a equipe de criação – na estreia, a autora estará presente.
Helena Blavatsky foi, antes de tudo, uma incansável buscadora de sabedoria antiga e atemporal, revolucionando o pensamento humano. Sua vasta obra influenciou cientistas como Einstein e Thomas Edison; escritores como James Joyce, Yeats, Fernando Pessoa, T. S. Elliot; artistas como Mondrian, Paul Klee, Gauguin; músicos como Mahler, Jean Sibelius, Alexander Criabrin; além de inúmeros pensadores, como Christmas Humphreys, C. W. Leadbeater, Annie Besant, Alice Bailey, Rudolf Steiner e Gandhi.
"Considerando que vivemos num período de caos mundial, no qual o fundamentalismo, as tecnologias e as crises políticas e climáticas do planeta invadem nossa dignidade com tanta violência, resgatar os pensamentos de Blavatsky é de extrema importância", afirma Luiz Antônio Rocha. "Segundo Blavatsky, o universo é dirigido de dentro para fora, pois nenhum movimento ou mudança exterior do homem pode ter lugar no corpo externo se não for provocado por um impulso interno", completa o diretor.
"Interpretar Helena Petrovna Blavatsky é mergulhar no improvável, no intangível. Nada mais desafiador para uma atriz realizar um texto que demanda extrema sensibilidade, concentração e imaginação, e transporta a plateia para um universo de possibilidades", define a atriz Beth Zalcman. "Desde o início da minha busca pelo conhecimento através da filosofia, me deparei com pensadores que dedicaram suas vidas a buscar, compilar e transmitir ideias que entrelaçam nossas vidas e compõe parte do que somos. Esta peça é uma forma comovida e contundente para homenagear esta mulher tão especial", conclui a autora Lucia Helena Galvão, professora voluntária de filosofia na organização Nova Acrópole do Brasil há mais de 30 anos.
O monólogo retoma a parceria entre a atriz Beth Zalcman e o encenador Luiz Antônio Rocha, depois do sucesso da peça "Brimas", pelo qual a atriz foi indicada ao prêmio Shell de melhor texto. A encenação propõe uma dramaturgia inspirada no conceito desenvolvido pelo artista Leonardo Da Vinci em suas obras, conhecido como "sfumato". Da Vinci descreveu a técnica como: "sem linhas ou fronteiras, na forma de fumaça ou para além do plano de foco". A montagem procura nos levar do irreal ao real, das ilusões à verdade espiritual, da ignorância à sabedoria que ilumina o propósito da existência. O ponto de partida para a direção de arte, cenário e figurinos foram baseados em algumas pinturas do artista impressionista Édouard Manet que traduz com beleza a solidão deste último instante de vida de Helena.
Categoria: Shows
Teatro B32 , Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3732, Itaim Bibi - São Paulo, SP
Não informado
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