Os versos da música que inspiraram o nome que a recém-fundada Escola de Samba recebeu são assim:
“Vai ter de amar a liberdade, só vai cantar em TOM MAIOR, vai ter a felicidade de ver um Brasil melhor...”
(Martinho da Vila)
Isso acontecia em fevereiro de 1973. Olhando para aquele momento, décadas depois, dá para perceber o que representou uma geração de sambistas que acreditaram na cultura de raiz popular. Na reunião de fundação da Tom Maior, havia pessoas com diferentes idades, origens e experiências de vida: negros, brancos e mulatos. Várias expectativas também, mas todos tinham a vontade de construir juntos uma Escola de Samba que pudesse se tornar um espaço novo para o samba paulistano. Muitas transformações ocorriam no universo do samba e do carnaval, assim, como no próprio Brasil.
Para uns, a Tom Maior significava participação num projeto novo de vida. A possibilidade de realizar algum projeto coletivo, mas também de liberdade. A liberdade era o ponto em comum do que é hoje e, do que era no Rio de Janeiro, que sempre foi uma referência importante. Diferente não só no estilo, na batucada, no ritmo, no visual, nas técnicas como também nas origens.
Do grupo que participou da reunião de fundação, muitos deixaram os caminhos árduos do primeiro ano de trabalho, que colocou a Tom Maiorr na avenida em 1974, seu primeiro carnaval. Mas em compensação, a partir daí, a Tom Maior nunca mais deixou de agregar as pessoas que em sua maioria, sempre afluíram à Escola de Samba para participar e trazer algum tipo de contribuição que o carnaval possibilita.
Seu berço: Sumaré, Pinheiros, Vila Madalena, Sumarezinho ou Cerqueira César; nunca se fixou exatamente o nome do lugar, mas era nas ruas Cristiano Viana, Oscar Freire, Galeno de Almeida, Amália de Noronha, Alves Guimarães, João Moura e adjacências que se realizavam os ensaios de Carnaval, enfrentando várias resistências e dificuldades.
A Tom Maior cresceu, faz um carnaval diferente porque é uma Escola de Samba diferente de todas as outras. Diferente porque criou uma nova tendência dentro da tradição do Samba Paulistano, onde se misturam o “velho” e o “novo”, alegria e coloridos próprios, na busca incansável da liberdade de criação e de recreação da cultura popular.
E-mail: sambatommaior@uol.com.br
Twitter: @grestommaior
Facebook: http://www.facebook.com/grestommaior
Site: http://www.grestommaior.com.br
Última atualização realizada em 07/11/2018 18:17:57
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