Inaugurado em 17 de abril de 2024, o restaurante Quente da Boca chega em Pinheiros inspirado na cultura e comida mineira, mas de forma singular. Instalado em um charmoso sobrado de 1949 completamente restaurado, seus 300 metros quadrados divididos em dois andares exalam a combinação do rústico da madeira original preservada com o contemporâneo dos reforços metálicos e móveis modernos em projeto assinado por Fabio Bruschini.
Com o objetivo de suscitar aconchego e nostalgia, a casa funciona, inicialmente, durante o café da manhã e almoço oferecendo receitas caipiras revisitadas somadas às cartas de drinques, vinhos e café especial com produtos escolhidos a dedo.
Quem assina o cardápio é a chef Andreza Chê Biagioni. Formada pela Escola Wilma Kovesi de Cozinha, trabalhou por 11 anos ao lado da chef e consultora gastronômica Ana Soares no conceituado Mesa III e foi indicada pela própria quando o idealizador da casa, o publicitário Francisco Soares Montans, procurava por alguém que desse vida às receitas de infância com um toque autoral.
Francisco, que tinha experiência com exportação de produtos brasileiros, almejava que a fazenda da família, localizada em São Sebastião do Paraíso, no sul de Minas Gerais, fosse além da venda de café verde. Passou a vendê-lo torrado e moído para estabelecimentos em São Paulo e começou a desejar uma casa que fosse sua e que um dos pilares do negócio fosse o café especial dos Montans.
Assim, surge um restaurante que se orgulha de inspirar Minas Gerais e expirar São Paulo, foge de anglicismos e oferece, na contramão de diversos negócios pela cidade, atenção particular ao café servido. Amante da literatura brasileira, Francisco homenageia o mineiro Guimarães Rosa, considerado o maior escritor brasileiro do século XX e que cita “O sertão me produziu, depois me engoliu, depois me cuspiu do quente da boca” em sua principal obra, Grande Sertão: Veredas.
No menu do Quente da Boca, entre as opções matinais estão o Ovo cocó e pão na chapa feito com creme de milho, ovo mole e cheiro verde no pão de fermentação natural, sanduíches como o Cróc Minas, com presunto royale, queijo meia cura, creme de milho gratinado e ovo estalado no pão da casa, empadinha de carne com jiló, broa de fubá e bolo de gengibre e especiarias.
Durante o almoço, uma das apostas é a Galinhada do Paraíso, um dos pratos favoritos de Guimarães feita com pequi e pimenta-de-cheiro e ladeada de pururuca e picles de maxixe e a Costelinha de porco Diadorim, produzida com molho de café, purê, farofa de broa e couve refogada.
Fecha a seção de comes as guloseimas como o Pudim da Cida de café com leite, receita de umas das funcionárias da Fazenda dos Montans, e a Da Vó, rabanada com sorvete de baunilha e calda de maracujá. Para acompanhar, cafés feitos com grão da casa: espresso, coado v60 e outras nove opções.
Apesar do Quente da Boca ainda não abrir à noite em sua primeira fase de operação, a carta de alcoólicos está em vigor sob curadoria da especialista em cerveja Carolina Oda e da sommèliere Ana Paula Montesso. Há também opções de cachaças e coquetéis clássicos, como caipirinhas e rabo de galo.
Instagram: quentedaboca
Horário: Terça e quarta das 11h às 18h
Quinta e sexta das 11h às 23h
Sábado das 9h às 23h
Domingo das 9h às 17h
Última atualização realizada em 09/10/2024 13:57:40
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