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    Perspectivas do mercado de Food Service em 2022

    Galunion analisa tendências do setor

    Por João Pimenta | 09 de Fevereiro 2022


    A Galunion, consultoria especializada no mercado de Food Service, afirma que as tendências que irão reger o setor em 2022 serão focadas em dois grandes eixos: o primeiro ligado ao cuidar e restaurar, tendo como foco ações mais sustentáveis, um olhar diferenciado para o impacto nas comunidades e como se comunicar, cuidar do cliente, inclusive da saúde do consumidor, além de zelar pelo time de colaboradores. O segundo eixo é o ligado à rapidez, à velocidade e à nova forma de comprar e vender, que chamamos de Q-Commerce. Com isso, é possível ver dark kitchens, dark stores e deliveries mais rápidos do que nunca e processos integrados entre o físico e digital.

    Glauco Moreno, consultor de Treinamento na Galunion, comenta: “O ano de 2022 será marcado pelo desejo das pessoas de se encontrar e tentar viver um normal que conhecemos antes da pandemia. É assim que lugares que se prepararem para receber os clientes, com hospitalidade à mesa e atendimento humanizado, terão melhores chances de prosperar, fidelizar a clientela e obter resultados mais significativos. Será preciso garantir uma equipe capacitada para um atendimento personalizado e único, experienciado por meio da atenção e empatia, com cada consumidor e em cada pedido. Ou seja, o diferencial estará nas pessoas. E se o negócio é digital, como em soluções que operam via delivery ou Grab n'Go, e que vieram para ficar, vale considerar a integração dos canais físicos e digitais e embarcar no mundo ‘fígital’. Em última análise, os clientes estarão ávidos por experiências mais humanizadas e os negócios precisarão ter o toque humano, o olho no olho, já que a máscara quase tirou os nossos sorrisos”.

    Para a Galunion, o delivery veio para ficar e as dark kitchens vieram para ficar. para consultoria ainda há muito o que fazer para a sustentabilidade financeira dos modelos de negócio, especialmente no que se refere aos custos de aquisição digital dos clientes e da logística de entrega. Seguindo essa análise, os modelos que estão ganhando tração já descobriram como equacionar melhor estas duas questões e usam fortemente dados e tecnologia para aprimorar os processos.

    Dominar o mercado no Brasil, de dimensões continentais, é uma ambição muito grande. Há dois extremos: microempreendedores ou” homechefs” que são artesanais e operam de suas residências, e outros operadores extremamente tecnológicos e baseados em dados para dominar várias culinárias no delivery, que conhecem a arte da comunicação digital. Tais fatores aumentam a competitividade para se manter relevante neste mercado.

    Simone Galante, fundadora e CEO da Galunion, comenta: “Usar a tecnologia para mapear comportamentos, identificar os consumidores e suas preferências, pode ser um caminho. Adotar uma tecnologia que faz diminuir o tempo de entrega ou de produção do cardápio, também pode ser uma solução necessária. O processo de escolha é multifacetado na mente dos consumidores e uma coisa é certa, se ele tiver boas experiências com uso de tecnologia em qualquer área da vida, vai procurar repeti-la. Fidelizar um cliente, no fundo, é invertido. Isso acontece quando nós somos fiéis aos clientes, ouvindo-os, entregando a eles a possibilidade de pertencerem a uma causa ou à uma comunidade. O consumidor chega de diferentes formas e estímulos, mas permanece, pois se conecta com este senso de pertencimento ao perceber que determinada marca o entende”.

    Além disso, para a Galunion o ESG (Environmental, Social and Governance) chegou ao Food Service e vai se disseminar cada vez mais. Desde 2019, é possível ouvir os consumidores dizendo que valorizam mais as marcas que defendem causas, entre elas a sustentabilidade em destaque.

    “Os impactos sociais foram muito conhecidos durante a pandemia e os quase 14 milhões de desempregados geram uma responsabilidade adicional para os negócios. A Classe C, que havia sido uma importante faixa da população para os negócios de alimentação fora do lar, já não consegue mais ter poder aquisitivo ou frequência de consumo, ou seja, precisamos refletir sobre isso. Os processos de gestão e governança das empresas passaram por um grande teste de agilidade e relevância durante a pandemia, afinal se você não tem os números do seu negócio em tempo real, a tomada de decisão ficou muito prejudicada. Em tempos de crise e de inflação, há alterações tão significativas que você precisa mais do que nunca ter dados, contato direto com os clientes, fornecedores parceiros e seu time. E a questão da saúde de todos ainda está muito latente, a cada notícia a liderança tem um papel importante a desempenhar”, finaliza Simone Galante.

    Créditos Foto: FreePik

     

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