Tudo sobre whisky
Tudo sobre whisky a bebida que é sinônimo de elegância
Por Michelly Lelis | 15 de Março 2021
O whisky, whiskey ou uísque, como está presente na língua portuguesa, é uma das bebidas alcoólicas mais apreciadas no mundo inteiro. Porém, mais do que as demais, deve ser apreciado com moderação já que possui teor alcoólico elevado. A palavra “whisky” vem do escocês gaélico “uisge beatha”, que significa “água da vida”, com histórico mais antigo datado de 1494.
O que é o whisky?
O whisky é o resultado da fermentação de grãos de centelho, milho ou cevada. O seu teor alcoólico varia entre 38% a 54% e é por isso que o seu consumo deve ser moderado. Geralmente o seu armazenamento é realizado em barris de carvalho para que o seu aroma e sabor fiquem mais encorpados, além de ser a única bebida que passa por um processo de maturação num barril de carvalho. Este processo é importante, já que 60% do sabor de um whisky é baseado no tipo de barril que é utilizado durante o processo de amadurecimento.
O barril de carvalho é permeável ao ar e, assim, ajuda a oxidar o destilado e liberta alguns componentes de sabor decorrente dos químicos da madeira como a lignina e a vanilina. Portanto, a maturação de um whisky determina o seu tipo, além de possuir características próprias de acordo com a sua idade. Um copo de whisky deve ser consumido e saboreado de forma pura, apesar de algumas pessoas preferirem apreciar com gelo ou junto a outras bebidas.
A origem do whisky
Ninguém de fato sabe quando e como o whisky surgiu, mas muitos dizem que a prática tenha no mínimo quatro mil anos. No século XII, a bebida se expandiu pela Europa, e a primeira evidência por escrito da destilação na Escócia, como dito, no século XV, com um pedido do rei, em 1494, de malte suficiente para fabricar quinhentas garrafas da água da vida. Dizem que o primeiro whisky era uma bebida revigorante, destilada quase exclusivamente por monges, usando principalmente como medicamento para o tratamento de quase todas as doenças, da varíola até a paralisia. Porém, mais tarde, Henrique VIII fechou os mosteiros, afastou os monges e, logo, a produção de whisky seguiu para as chácaras de escoceses.
As conhecidas “destilarias caseiras” foram aprimoradas durante o seu processo, no qual a bebida poderia trazer uma experiência prazerosa e, no século XIX, um copo de whisky passou a ser um alimento básico na Escócia. Alguns ficaram disponíveis nas mercearias locais, mas os apreciadores da bebida não eram consistentes, já que o whisky apreciado em um dia poderia ter um sabor completamente diferente em outro. Mas, a população da bebida pelo mundo possui dois fatores importantes. O primeiro, é a invenção do Blended whisky por Andrew Usher, em 1853, o que possibilitou a oferta de mercado, devido a produção em larga escola de whisky Single Grain. O segundo fator está relacionado à praga floxera que estragou boa parte dos vinhedos da Europa entre as décadas de 1870 e 1890, caindo a produção de Cognac, o destilado mais consumido na época.
Tipos de whisky
A variação da bebida acontece durante o seu processo de fabricação. O malte é qualquer grão que germinou, em particular cevada ou centeio, e depois secou. Este processo que é fabricado o malte é chamado de molting. Logo, há quatro principais diferenças entre os tipos de whisky: o grão utilizado, o processo de produção, onde o whisky foi feito e por quanto tempo ele foi maturado. Veja:
Whisky escocês: o whisky deve ser feito com cevada ou grãos maltados e ser envelhecido em barris de carvalho de até 700L, por no mínimo três anos. Para ser chamado de whisky escocês, ele deve ser totalmente produzido na Escócia, como:
• Whisky Single Malt: o whisky possui uma única destilaria, que usa cevada maltada, água e levedura. Tradicionalmente, esse tipo de whisky provém das regiões Lowland, Highland, Speyside, Island e Campbelltown. Todas elas são famosas por suas características específicas, como frutas, frescor, malte e defumado.
• Whisky de grão: esse tipo de whisky possui como principal ingrediente o milho ou trigo, ou ambos.
• Blended Scotch Whisky: este tipo é feito a partir da mistura entre vários whisky de malte único e whisky de grão. A vantagem da mistura é garantir o sabor e a qualidade do whisky, que permanece igual ao passar do tempo. A idade de um blended scotch whisky é referente ao whisky mais jovem utilizado durante a mistura.
Whisky irlandês: são todos aqueles whiskies realizados na República da Irlanda ou na Irlanda do Norte. Diferente do scotch, qualquer grão de cereal maltado pode ser usado em qualquer proporção. Como o scotch, ele deve ser envelhecido em barris de madeira, por um mínimo de três anos.
Whisky japonês: é produzido de forma similar ao whisky escocês, no qual é fabricado desde 1920, mas conquistou o mercado fora do Japão apenas na última década.
Whisky estilo americano:
• Bourbon: o bourbon é um whisky americano feito de grãos maltados, dos quais no mínimo 51% da composição é milho. As “regras” para a sua fabricação são menos rigorosas que as do escocês, mas devem ser fabricados totalmente nos Estados Unidos para ser qualificado como bourbon.
• Straight bourbon: produzido no estado de Kentuchy, o whisky é envelhecido por no mínimo dois anos e não contém aditivos, tais como sabores ou corantes.
• Blended bourbon: este whisky pode conter outras bebidas alcoólicas e sabores, porém deve ser pelo menos 51% straight bourbon.
• Tennessee whiskey: é essencialmente igual ao bourbon. O que o difere é a inclusão da filtragem de carvão no processo pós destilação.
• Rye: fabricado especialmente na América do Norte, os dois países que o compõe possui técnicas diferentes. Nos Estados Unidos, ele deve ser fermentado a partir de uma mistura de grãos maltados que contenha pelo menos 51% de centeio. Já no Canadá, a bebida pode conter muito menos do que os 51% de centeio.
Whisky saborizado: geralmente possui um único sabor, mas sem adoçante adicional. Os sabores mais populares são mel, especiarias e maças, no qual podem ser caseiros ou produzidos comercialmente como variantes de alguns whiskies de marca.
Licores de whisky: é qualquer whisky aromatizado e com adição de adoçante e, tradicionalmente servido depois do jantar. Podem ser encontrados com e sem creme.
Principais marcas de whisky
Presente em todos as adegas, supermercados, bares e restaurantes, o whisky pode ser encontrado em diversas marcas, no qual se destacam:
• Ballantine’s: a marca se popularizou com sua entrada no mercado norte-americano depois do fim da lei da seca, em 1933. Destaque para o Finest, criado em 1919, elaborado com mais de 50 maltes diferentes.
• Jack Daniel’s: reconhecida pelas suas garrafas quadrangulares e de rótulo negro, o Jack Daniel’s é um dos whiskies mais vendidos. Classificado como Tennessee Whisky, a bebida oferece um sabor e cor mais amadeirado.
• Johnnie Walker Blue Label: criado em 1909 por netos de John Walker, o Blue Label é elaborado com uma seleção de mais de 35 maltes na sua composição. Possui aroma amadeirado, cravo-da-índia e mel.
• Jameson: o whisky irlandês número #1 do mundo é produzido desde 1780. Seu método de fabricação inclui algumas características diferentes da produção do scotch mais reconhecida: ele mistura dois tipos de cevada.
• Yamazi: fundada em 1923, a marca é a destilaria mais antiga do Japão. Single malte número #1 do país, é ligeiramente frutado, com toques de laranja, baunilha e madeira, com final longo.
Drinks com whisky
Apesar da recomendação é apreciar o whisky de maneira pura, diferenciado os seus tipos, há alguns drinks com a bebida, como:
• Whisky com coca:
Whisky • refrigerante de cola • gelo.
O clássico reúne os três ingredientes em um copo, com fácil preparo em casa.
• Whisky sour simples:
Whisky • limão • açúcar • gelo.
O primeiro passo é passar o limão sobre a borda do copo e passar açúcar por cima. Após, misture em uma coquetelaria whisky, gelo, limão e açúcar. Por último, acrescente uma fatia de limão a borda do corpo e sirva.
• Manhattan:
2 doses de whisky bourbon • 1 dose de vermute tinto • gotas de angostura.
Misture os ingredientes em uma coquetelaria com gelo, de maneira rápida, e sirva em um copo old fashioned.