
Como a criptografia influencia o mercado financeiro e as transações digitais
Como a criptografia move o mercado financeiro digital
A criptografia no mercado financeiro vem ganhando destaque nos últimos anos, ainda mais com o crescimento exponencial das criptomoedas e das transações digitais. A saber, este recurso, que garante a segurança e a confidencialidade dos dados, tem uma ligação direta com a forma como realizamos pagamentos, investimentos e transferências atualmente.
E um dos exemplos mais conhecidos de aplicação da criptografia está no Bitcoin. Afinal, essa criptomoeda descentralizada utiliza métodos avançados de encriptação para proteger as transações e assegurar a integridade da rede.
Ao consultar o preço bitcoin dolar, é possível perceber como o mercado cripto está em constante oscilação, movimentando bilhões de dólares diariamente em negociações ao redor do mundo.
Mas a criptografia vai muito além do universo das moedas digitais. Hoje, ela é importante em quase todas as operações financeiras, sejam elas realizadas por bancos, corretoras ou plataformas de pagamento. Continue lendo e saiba mais!
O que é criptografia e como ela funciona?
Antes de compreender seu impacto no mercado financeiro, é importante entender o que é criptografia. Trata-se de um conjunto de técnicas que codificam informações, tornando-as acessíveis apenas para quem possui a chave correta de decodificação.
E essa proteção impede que terceiros, sem autorização, acessem dados sensíveis. A criptografia moderna utiliza algoritmos matemáticos complexos, como o AES (Advanced Encryption Standard) e o RSA (Rivest-Shamir-Adleman), que dão segurança mesmo diante de tentativas avançadas de invasão.
No ambiente financeiro, essa tecnologia protege desde os dados bancários do usuário até transações bilionárias realizadas entre instituições globais.
A importância da criptografia nas transações bancárias
Atualmente, qualquer transferência bancária, pagamento via cartão ou operação em aplicativos financeiros só é possível graças à criptografia. Afinal, as instituições utilizam protocolos de segurança como SSL (Secure Sockets Layer) e TLS (Transport Layer Security) para garantir que as informações transmitidas não sejam interceptadas ou manipuladas.
Além disso, a criptografia também assegura a autenticidade das transações, evitando fraudes e golpes, algo muito importante em um mundo cada vez mais conectado e vulnerável a ataques cibernéticos.
Por exemplo, ao realizar pagamentos via carteiras digitais ou aplicativos de delivery em São Paulo, o usuário confia na criptografia para manter seus dados financeiros seguros.
As criptomoedas são mais populares na criptografia no mercado financeiro
As criptomoedas tornaram o conceito de criptografia mais popular. Bitcoin, Ethereum e outras moedas digitais são baseadas em blockchain, uma tecnologia que combina criptografia, descentralização e registro distribuído.
No blockchain, cada transação é registrada em blocos interligados, que não podem ser alterados sem o consenso da rede. E isso traz uma segurança ímpar, tornando fraudes praticamente inviáveis.
Além disso, o uso de chaves públicas e privadas permite que apenas o verdadeiro proprietário da moeda consiga movimentá-la, reforçando ainda mais a segurança do sistema.
Como a criptografia protege os dados pessoais no setor financeiro?
Com o aumento dos ataques de ransomware e do vazamento de dados, proteger as informações dos usuários tornou-se uma prioridade máxima. Assim, os bancos e as fintechs investem pesado em soluções criptográficas para manter em segurança informações como:
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Dados cadastrais dos clientes;
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Histórico de transações;
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Informações de cartões de crédito e débito; e
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Contratos digitais.
Dessa forma, mesmo que um servidor seja invadido, os dados criptografados tornam-se inúteis sem a chave de decodificação. Além disso, legislações como a LGPD exigem que as empresas adotem medidas adequadas de segurança, o que inclui o uso obrigatório da criptografia para dados sensíveis.
O papel da criptografia no crescimento das fintechs
O surgimento das fintechs revolucionou o setor financeiro brasileiro, oferecendo serviços ágeis, inovadores e, sobretudo, seguros. Sendo assim, empresas como Nubank, C6 Bank e Banco Inter utilizam criptografia de ponta para garantir a proteção dos clientes.
A confiança na segurança das transações é um dos fatores que impulsionaram a adesão dos brasileiros a esses novos serviços, inclusive para compras simples, como pedir uma refeição, por exemplo. E, além da segurança, a criptografia também permite a automatização de processos, como assinatura digital de contratos, validação de identidade e operações de crédito personalizadas.
Novas aplicações do blockchain no mercado financeiro
Embora o blockchain seja popularmente associado às criptomoedas, suas aplicações vão muito além. Ou seja, diversas instituições financeiras estão testando ou já implementaram blockchains privados para:
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Registro e liquidação de operações de bolsa;
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Controle de auditorias internas;
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Compartilhamento seguro de informações regulatórias;
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Registro de propriedade de ativos digitais (tokenização).
E essa utilização da tecnologia blockchain, com base na criptografia, promete reduzir custos operacionais, aumentar a eficiência e oferecer maior transparência ao mercado.
Os desafios e limitações da criptografia no setor financeiro
Apesar dos inúmeros benefícios, a criptografia não é uma solução mágica. E isso significa que existem desafios técnicos e éticos em sua implementação, como a capacidade de processamento, uma vez que alguns algoritmos exigem maior capacidade computacional.
A gestão de chaves também pode ser um problema, visto que a perda de uma chave privada pode tornar um ativo inacessível para sempre. Ademais, os governos ainda discutem como fiscalizar transações criptografadas sem violar a privacidade dos usuários.
A constante evolução da tecnologia, como o avanço dos computadores quânticos, também pode, no futuro, ameaçar alguns sistemas criptográficos atuais, o que vai exigir adaptações constantes.
O futuro da criptografia no mercado financeiro
Especialistas apontam que a criptografia deve continuar sendo um dos pilares do setor financeiro no futuro. E, com a chegada de novas tecnologias como identidade digital soberana, contratos inteligentes e stablecoins, o uso da criptografia tende a se aprofundar ainda mais.
Inclusive, bancos centrais de vários países, como o Brasil, estudam o lançamento de moedas digitais próprias (CBDCs), que exigirão um nível ainda mais sofisticado de segurança criptográfica. O desenvolvimento de criptografia pós-quântica também começa a ser discutido por grandes instituições financeiras e empresas de tecnologia, a fim de manter a segurança mesmo frente a novas ameaças.
Assim, a criptografia no mercado financeiro já não é apenas uma ferramenta, mas sim um alicerce para garantir segurança, privacidade e integridade em transações digitais. Seja no uso de criptomoedas, no dia a dia bancário ou na proteção de dados pessoais, sua aplicação vai continuar moldando o futuro do setor. Até a próxima!