Cervejaria artesanal Titobier combina suas cervejas com personagens que fizeram história

A história da Titobier começou em 2012 elaborando receitas de cervejas que seus criadores queriam tomar. A partir de uma encomenda bastante específica de um grande amigo para seu aniversário, no entanto, é que o storytelling da marca começou a ser criado: “Façam uma IPA vermelha, ela será a Marx!”

Um ano depois, este mesmo amigo repetiu a encomenda: “Desde que seja vermelha, criem agora a Trotsky”. Nasceu a Red Ale, a receita com a qual mais tarde tiveram sua primeira experiência com uma produção industrial. Com Marx Red IPA e Trotsky Red Ale criadas, perceberam então que esta era uma trilha riquíssima para se explorar.

Antonio Bicarato, um dos criadores da Titobier e hoje proprietário da cervejaria, comenta a combinação das cervejas com personagens marcantes da história, que levantam diversas bandeiras entre ativistas dos mais diversos: “Com esta abordagem, conseguimos acessar públicos que normalmente não seriam consumidores deste produto, seja pela identidade com os personagens, seja pela identidade com as questões levantadas”.

Além das cervejas já citadas, a cervejaria Titobier completa a linha com uma cerveja no estilo clássico alemão (Kölsch) e leva o nome do poeta clássico alemão, Goethe. Uma cerveja stout, com coloração bem escura, foi batizada em celebração a astrônoma Vera Rubin, responsável pela identificação da matéria escura.

A American Pale Ale é em celebração ao pensamento liberal estadunidense de Henry Thoreau. A Altbier leva o nome de Rosa, em homenagem a Rosa Luxemburgo, uma das críticas mais intensas sobre os rumos da revolução russa. Por fim, a Ada, uma senhora da aristocracia londrina responsável pela criação do primeiro algoritmo a ser executado por uma máquina, que abriu todo o campo de desenvolvimento matemático para a computação moderna, dando seu nome para a Wit IPA, que combina a leveza das Witbier com a intensidade das IPA’s.

A cervejaria busca a exaltação de grandes personagens que moldaram nossos tempos. “Se há sabedoria, há o que se brindar. Essa é a nossa desculpa”, conclui Antonio Bicarato.