Saída de recursos sociais no bar e restaurante
Veja como aplicar a saída de recursos sociais para bares e restaurante
Por Henrique Arantes | 18 de Maio 2020
Atuar no food service há quinze anos, especializar em engenharia de cardápio e aplicação de tecnologia a gastronomia profissional, proporcionou experiências e conhecimentos únicos ao abordar o assunto e ajudar a milhares de donos de bares e restaurantes através de cursos da ESBRE, Guia do Hambúrguer, Senac e Hotec. Durante período de crise e anormalidade, como a pandemia do novo coranavírus, recomendo algumas medidas a se tomar em relação a saída de recursos sociais:
Para início de conversa, é preciso falar sobre o impacto social. Toda grande alteração ou crise, existe uma necessidade de inovação e a sociedade, ao seu redor, vai precisar mais de você do que imagina. É importante lembrar que, no Brasil, quando se abre uma empresa costuma ser apenas do proprietário. Mas, muitas pessoas se esquecem que, apesar da empresa ser do dono no papel, ela também pertence a economia do país. Ou seja, há impacto inicial da contratação e o segundo embate que, querendo ou não, acaba sendo para suprir deficiências do Governo. Fazendo isso, o negócio tende a prosperar um pouco melhor, pois terá maior margem e engajamento de cliente.
Como faço, tratando-se de um bar ou restaurante, para causar esse impacto social? Bom, sendo produtor de comida, dispõe dos meios e tem capacidade para produzir bastante, há o desperdiço. Então, o impacto social pode ser gerado, primeiro, por esse desperdiço. Esse alimento pode chegar por meio dos colaboradores, local próprio de entrega ou, melhor dizendo, mecanismos para ajudar outras pessoas. No entanto, quando existe a possibilidade de doar comida, muitos dizem sobre os problemas que podem vir, por exemplo, um processo. Mas, lembre-se que a sua comida é segura para ser consumida e quem está recebendo a doação não está pensando em como processar o negócio e sim, agradecendo.
A segunda forma é através da mão de obra do estabelecimento. Uma ou outra pessoa da operação, em dia previamente selecionado, pode dedicar-se a algum tipo de trabalho social. Isso pode ser bom para o colaborador, que vai fazer parte desse projeto, como também para o negócio que vai estar, de alguma forma, vinculado a esse trabalho social e produção de comida.
A última forma, relativamente simples, é deslocar ou trazer pessoas carentes para o estabelecimento e fazer oficina de cozinha. Dessa forma, é possível impactar na maneira que essas pessoas cozinham em suas casas, aproveitam melhor do que é comprado, entre outros pontos. O negócio, por sua vez, conquista a imagem de um local que viabilizou todo o conhecimento para esse público.
Henrique Arantes
Apaixonado por gastronomia e tecnologia, trabalha com alimentação há 15 anos, dois quais 10 foram de desenvolvimento de novas técnicas, pesquisas, cursos, consultorias e projetos para restaurantes, hotéis, fabricantes, etc. Especialista em desenvolvimento de ferramentas de B.I. com foco em engenharia de cardápio e cursos de gestão para food service.