Com uma história de quase 18 anos apresentando a comida de rua e também sanduíches do Oriente Médio, o Kebab Salonu entra em nova fase e se assume como um restaurante dedicado à culinária turca, nacionalidade de ascendência do sócio, chef e professor de gastronomia Rodrigo Libbos. Localizada em um charmoso espaço em Perdizes, a casa oferece ao paulistano a oportunidade de descobrir as peculiaridades dessa gastronomia quase desconhecida no Brasil, país em que a chamada cozinha árabe, praticada principalmente pela grande colônia sírio-libanesa, domina os cardápios representativos daquela região. O novo menu do Kebab Salonu é enxuto e tem como foco principal o cordeiro, carne mais consumida na Turquia. O termo kebab, que mundo afora virou sinônimo do sanduíche enrolado em pão pita, quer dizer, na verdade, “churrasco” em turco. E salonu, por sua vez, significa “salão”. Kebab Salonu poderia, portanto, ser traduzido como “churrascaria”. Libbos decidiu “abraçar a causa” e dedica metade do cardápio aos cortes de cordeiro grelhados na brasa ou assados em churrasqueira. Há ainda pratos com frango e falafel.
Estrela entre as receitas do chef, uma Costela de 180g é assada na brasa e no forno por 9 horas. Chega à mesa com purê de berinjela defumada com iogurte, molho de tomate, macarrão orzo e telha de pão folha (R$ 320, para 4 pessoas). Bisteca dupla com cerca de 175g – de um lado contrafilé e de outro mignon –, manteiga, bahar turco e ervas (R$ 81); Espeto de picanha em cubos com manteiga, crosta de bahar turco e ervas (R$ 75); e mais duas opções com cordeiro podem ser servidas com dois acompanhamentos à escolha do cliente.
Alguns sanduíches e comidinhas permanecem no menu para os fãs de longa data. Caso do Lahmacun Kebap (R$ 53), espeto de kafta de cordeiro à moda de Adana, enrolado em folha de esfiha de carne, tomate fresco, cebolas, ervas e melaço de romã, e dos enrolados e tostados no pão yufka: Hellim Köfte Kebabi (R$ 52), com kaftas de boi angus, queijo coalho turco, Hellim na brasa, molho de tomate, picles da casa, azeitonas e salada, e Elma Tavuk, com coxa e antecoxa de frango avermelhado, maçã na brasa, salada, picles da casa e melaço de romã. Há ainda as Pides, espécie de pizza turca de borda aerada em formato de canoa, como a Peynirli Zahter Pide (R$ 49), que leva mussarela artesanal, pastas de tomate e pimentão, azeitonas, zaatar e azeite.
Na lista de sobremesas, há o Bici Bici (R$ 28), doce do sul da Turquia, uma raspadinha com calda de cereja, conserva de frutas, farofas de frutas desidratadas e de nuts, e o Chocolate Branco Yoğurt (R$ 30), iogurte cremoso de chocolate branco, calda de banana, chantilly carbonatado, açúcar mascavo e nozes. Já na ala das bebidas, destacam-se os refrigerantes artesanais em jarra feitos com frutas, como o de Cereja “Kiraz” (R$15), e o de Maracujá “Çarkıfelek” (R$15), além do Ayran, uma bebida tradicional da Turquia à base de iogurte (R$12). Entre as bebidas alcoólicas, vinhos, chope, doses de destilados e interessantes coquetéis, como o autoral Dry Arak (R$39), com laranja curtida em gim, Arak (destilado turco), cachaça e vermouth de frutas da Cia dos Fermentados.
Para montar o menu o chef Rodrigo Libbos priorizou ingredientes de pequenos produtores e de criadores, no caso do cordeiro. Além dessa curadoria, pães, zaatar, conservas, pastas e xaropes são todos feitos na casa, um ambiente de apenas 30 lugares, pensado para que Rodrigo pudesse, sempre que possível, atender seus clientes pessoalmente.
Rua Apinajés,597 - Pompeia, São Paulo - SP - 05017-000
(11) 3803-8986
