Petiscos para bares e botecos
Petiscos para bares e botecos, tudo sobre os petiscos mais pedidos
Por Michelly Lelis | 02 de Maio 2023
Uma coisa que não pode faltar nos bares e botecos são os petiscos. As comidinhas em porção são um verdadeiro sucesso, caiu no gosto do público e é uma boa opção para acompanhar drinks e cervejas durante o happy hour com os amigos ou qualquer outro momento. Da versão mais tradicional ao mais gourmetizado, o que vale é possuir um bom cardápio à disposição dos clientes. Além disso, uma das melhores maneiras de servir petiscos é proporcionando a curiosidade e a vontade dos clientes em experimentar as novidades criadas exclusivamente para o estabelecimento. No entanto, é importante lembrar de não deixar de fora os principais petiscos de bar que são sensações em qualquer parte do Brasil, como a calabresa acebolada.
A maioria dos clientes espera por um petisco de bar a preço justo, ou seja, proporcional ao custo de um petisco. Então lembre-se: não importa ter um petisco farto e maravilhoso e a porção ser por vendida a R$150. Confira mais sobre os petiscos para bares e botecos:
Coxinha
Petisco obrigatório em vitrines de botecos, padarias de bairro e nas festinhas de família. Apesar de ser muito popular no Brasil, não foi aqui que a coxinha surgiu. A origem da receita é incerta, mas, segundo pesquisadores, o salgado nasceu no século XVIII, com a publicação do livro "Cozinho Moderno ou Nova Arte de Cozinha", do francês Lucas Rigaud, com a receita "coxas de frangas ou galinhas novas" empanadas e fritas. Com grandes transformações ao longo dos anos, um dos lugares que a coxinha faz grande sucesso é o boteco paulistano Frangó. Aberto em 1987 por Vandeyer Piccolo, foi um dos primeiros a eliminar a malfadada estufa para salgados, sempre frescos, além de acrescentar catupiry em dose generosa.
Como o grande sucesso, hoje, a coxinha possui diversas variações além do tradicional recheio de frango com catupiry. É possível encontrar coxinha com recheio de legumes, por exemplo, para cativar o público vegetariano, incluindo cenoura, milho, tomate e azeitona. Mas há coxinha de queijo, calabresa, presunto e queijo, carne moída, bacon, pernil, carne seca e muitos outros. Recheios de coxinhas doces para apreciar como sobremesa, são opções também. Apesar de não ser comum nos bares e botecos, entre os destaques estão coxinhas de churros, morango com chocolate, beijinho e brigadeiro.
Bolinho de bacalhau
Queridinho por muitos, o bacalhau é um alimento milenar e conhecido por sua fácil conservação, já que é salgado e ainda mantém seus nutrientes. Não se sabe de fato quando o bolinho de bacalhau surgiu, mas a primeira receita oficial é datada em 1904 e presente no livro de receitas chamado "Tratado de Cozinha e Copa de Carlos Bandeira de Melo", oficial do exército português da época. No Brasil, a sua importância culinária carioca é tão grande quanto a coxinha para a cozinha paulistana, além de ter sido o Rio de Janeiro o primeiro local a receber o salgado.
O bolinho de bacalhau há diversas curiosidades, principalmente, o peixe. Estima-se que o Brasil consome 30% do bacalhau pescado na Noruega, ou seja, 18 mil toneladas por ano. Além disso, no momento de seu preparo, não é com qualquer batata que é feita o bolinho. O ideal é fazer com a batata Astrix, também chamada de rosada, por ser mais seca e conter menos líquido, ideal para uma receita de qualidade superior. Além do Brasil, o salgado faz um grande sucesso nos países da Europa, como Espanha, França, Itália e Portugal, como também em Angola.
Pastel
Há duas histórias que abordam a origem do pastel e ambas apontam para a região da Ásia. A primeira credita o gyosa japonês por trazer os pastéis de feira para o Brasil. A outra hipótese coloca o rolinho primavera (harumaki) chinês como ancestral mais antigo. Independente do surgimento, os imigrantes nipônicos que desembarcaram no território brasileiro, durante a 2ª Guerra Mundial, popularizaram o pastel. Hoje, também é um item obrigatório em todos os bares e botecos do Brasil, e possui inúmeros recheios, como pastel de carne, queijo, bauru, palmito, frango com catupiry, entre outros.
Calabresa acebolada
O maior sucesso dos bares e botecos do Brasil, a calabresa é um produto nacional, genuinamente brasileiro. Segundo historiadores, foi criada sob influência de imigrantes italianos, mais especificamente no bairro do Bixiga, em São Paulo. A inspiração veio da linguiça encontrada em Calábria (Salsiccia di Calabria). A Instrução Normativa Nº 4/2000 do Ministério da Agricultura define a linguiça calabresa como "produto obtido exclusivamente de carnes suína, curado, adicionado de ingredientes, devendo ter o sabor picante característico da pimenta calabresa submetidas ou não ao processo de estufagem ou similar para desidratação e ou cozimento, sendo processo de defumação opcional". A adição da cebola é para dar maior sabor ao petisco.
Frango a passarinho
Está entre os petiscos mais famosos de Norte a Sul do país, mas que ficou popular inicialmente na região Sudeste, no estado do Rio de Janeiro, na década de 1940. O petisco teria surgido para ser apreciado de maneira informal, nas mesas dos botecos e que, seu nome, é devido os pequenos cortes de frango frito que se assemelha a um passarinho. Ao se espalhar pelo Brasil, a receita foi ficando variada. Há versões com alho torrada e salsinha, com molho de alho, com molho tártaro e com vinagrete. Além disso, muitos se questionam a maneira certa de consumir o petisco. Afinal, utiliza garfo e faca ou as mãos? A maioria vai concordar que comer frango à passarinho sem usar os talhares é mais fácil. Em alguns bares e botecos de São Paulo oferecem luvas descartáveis na hora de apreciá-lo dessa maneira.
Bolinho de carne seca
Não se sabe exatamente quando e como o bolinho de carne seca surgiu, mas uma verdade é certa: é um dos petiscos mais pedidos nos bares e botecos de todo o país. Também conhecido como "croquete de carne seca", dependendo da região, o petisco pode ser redondinho, cilíndrico e até sem forma definida. A boa opção para acompanhar a cerveja, faz o maior sucesso entre os paulistanos, depois de serem dourados no óleo. Cada estabelecimento possui uma receita diferenciada, desde a clássica versão de arroz até com um prato típico da Amazônia, de maniçoba, a feijoada de folhas de mandioca, entre outros. Entre os destaques estão o Bar Léo, Bar da Dona Onça e Pirajá.
Camarão frito
Apesar de ser mais popular nos bares e botecos do litoral, não deixa de ser um petisco tradicional. Há diversas espécies de camarões marinhos que são pescados e vendidos para consumo, ainda mais no Brasil que há grande diversidade. A receita possui origem mexicana, mas não contém pimenta. A sua preparação é um pouco longa e elaborada, mas o resultado vale bastante a pena, sucesso garantido no estabelecimento.
Torresmo
A contribuição da culinária portuguesa, com alguns temperos trazidos pelos escravos da África, o torresmo é o toucinho cortado em pequenos pedaços e frito até ficarem crocantes. Antigamente, era só uma maneira de se obter a banha de porco, mas, na Bahia colonial, os escravos passaram a consumi-lo diretamente. Hoje, o torresmo é conhecido por ser um delicioso petisco associado à comida mineira, sendo apreciado acompanhado de um aperitivo ou por uma boa cerveja gelada.
Batata frita
O clássico dos bares e botecos de todo Brasil. A batata frita é um dos petiscos mais pedido para acompanhar o happy hour com os amigos. Segundo historiadores, há duas hipóteses de como a batata frita surgiu: na França ou na Bélgica. No entanto, independente no local, o petisco se espalhou rapidamente e está presente em todo o mundo em grandes variedades e peculiaridades. Em nenhum outro lugar do mundo ela é tão apreciada e consumida quanto nos Estados Unidos, como o hambúrguer, petisco indispensável na alimentação dos americanos.
A batata frita possui grande variação. É possível apostar também nos molhos para acompanhá-la, bem como o seu formato. As batatas rústicas fritas, por exemplo, é uma opção para adicionar no cardápio do estabelecimento. Independente de quão sofisticado seja o local, este petisco é item obrigatório por ser um dos mais procurados para acompanhar uma boa cerveja.
Quibe frito
O petisco que tem origem na região Levante, no Mediterrâneo, também é uma boa opção. O prato típico do Oriente Médio consiste em um bolinho de carne de soja, temperada com ervas que pode ser cru, cozido ou frito. O nome deriva de kubbeh que em árabe significa "bola". O quibe frito, o mais popular no Brasil, é preparado com trigo de quibe e recheada com carne. Em São Paulo, um dos lugares mais procurados para apreciá-lo, é o Bar do Justo.