Entrada de recursos financeiros no bar e restaurante
Confira algumas soluções para aplicar durante o período de crise
Por Tiago Demasi | 14 de Maio 2020
Durante o período de crise, algumas medidas devem ser tomadas para manter o fluxo do caixa ativo. Estar há mais de vinte anos presente na área de hotelaria e alimentação proporciona ricas experiências e tomadas de decisões para não perder o negócio. Visto o cenário atual, devido a pandemia do novo coronavírus, a empresa deve possuir uma boa gestão administrativa e financeira para enfrentá-lo. Mas afinal, quais as melhores soluções a serem aplicadas no fluxo de caixa? Veja agora algumas dicas a respeito das entradas e saídas de caixa do seu negócio:
No princípio é importante dividir os dois pontos: entradas e saídas de recursos. Existem entradas de recursos que acontecem da própria operação sem que sejam receitas propriamente dita. Muitos dizem que as entradas devem vir das receitas, de bancos ou aportes, e isso não é, necessariamente, verdade. Assim, é importante lembrar que se pode fazer entrada de recurso com bens oriundos da própria operação, sem que seja, obrigatoriamente, a receita. Confira alguns casos:
• Saldo de caixa: o valor que ficou da operação finalizada no mês, ou seja, esse transporte de caixa que vem se acumulando.
• Venda de imobiliário: uma eventual venda de artigo imobilizado que não esteja sendo utilizado neste momento ou que não se tenha necessidade de ser usado. Pode ser pensada a venda de algum utensílio, parte do imobiliário, principalmente, relativo à parte de salão, por exemplo.
• Venda de mercadoria: produtos que não vão ser utilizados e que estão parados no estoque. Os itens que constavam no cardápio com o funcionamento normal, mas que agora, com a reformulação dos pratos disponíveis, esses itens não são necessários, podem ser vendidos para não ocupar espaço no estoque e também gerar algum valor.
• Receita antecipada de produtos: a venda de cupons, vouchers e demais suportes para os clientes. Grandes empresas e cervejarias tem feito esse trabalho com relação ao setor de bar e restaurantes, vendendo antecipadamente cupons para que as pessoas possam consumir depois.
• Contrato de produção de alimentos: apesar de poucas pessoas comentarem, os setores da economia que precisam do alimento para seus colaboradores devem retomar com uma aceleração maior do que o setor de bares e restaurantes. Por exemplo, o setor médico, clínico, construção civil. Ou seja, esses trabalhadores vão precisar de refeições, então é possível que no raio onde o negócio se insere tenham empresas nessas condições e que se pode comercializar ou negociar um contrato de produção de alimento. Logo, seria uma outra possibilidade de recursos da operação.
Tiago Demasi
Formado em Administração pela PUC e Senac, Contabilidade pela USP e Master in hotel pela FIU-USA, atendeu mais de 400 clientes em negócios de alimentação. Com 28 anos de trabalho na área de Hotelaria e Alimentação, dedica-se a trabalhos de resultado, e assessoria para investidores na área de alimentação.